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quarta-feira, 4 de dezembro de 2013


PARE DE MALTRATAR SEU CARRO

A forma de dirigir é fator determinante no tempo de vida útil dos componentes de um veículo. A embreagem, por exemplo, pode durar 100.000 quilômetros - ou exigir uma cara e inesperada troca já no primeiro ano do veículo mal conduzido.

Acidentes também podem ser evitados com medidas simples. Um estudo realizado pela Fiat mostrou que 70% das batidas leves não ocorreriam se o motorista pisasse com vontade no freio. E, acredite, uma das causas do acionamento inadequado do pedal é a má postura. Ou seja, sentar-se como se estivesse no sofá de casa afeta o tempo e a força da reação para brecar o carro – o ideal é dirigir com a coluna ereta e os braços e pernas levemente flexionados. Com a ajuda de especialistas, VEJA indica sete vícios comuns que podem prejudicar a manutenção do veículo e ocasionar acidentes.

PEGAR DESCIDA NA BANGUELA

O equívoco: descer uma serra ou uma ladeira em ponto morto ou na posição neutro para economizar combustível.

Por que deve ser evitado: nos carros com injeção eletrônica (caso dos modelos fabricados nos últimos vinte anos), a economia de gasolina na banguela é um mito – essa possibilidade morreu junto com o uso de carburador. E, como o carro tende a ganhar velocidade em declives, o motorista precisa frear durante todo o trajeto, o que desgasta os freios.

Em caso de superaquecimento do óleo dos freios, estes podem até falhar. Portanto, a banguela não só não economiza combustível como desgasta pneus e freios e pode causar acidentes.

Para não errar: o corte de queima de combustível ocorre, sim, quando o motorista usa o freio-motor para desacelerar. Ou seja, descer engrenado economiza freios e combustível.

Dica – “Usar as marchas manuais do câmbio automático ajuda a reduzir a velocidade do carro e, assim, poupa combustível e o sistema de freios”, ensino César Urnhani, piloto de testes da Pirelli.

VIRAR O VOLANTE COM O CARRO PARADO

O equívoco: ao manobrar, o motorista vira o volante com o carro completamente parado.

Porque deve ser evitado: mover as rodas com o carro imóvel aumenta muito o atrito dos pneus no asfalto, o que acelera o desgaste. “O hábito também pode afetar a caixa de direção, tanto nos veículos com direção mecânica como naqueles com direção hidráulica ou elétrica”, diz o engenheiro Alfredo Vieira das Neves, supervisor de relacionamento com o cliente da Honda.

Para não errar: um mínimo de movimento, para a frente ou de ré já é suficiente para reduzir o atrito dos pneus no solo.

CRUZAR AS LOMBADAS DE VIÉS

O equívoco: atravessar uma lombada na diagonal, na crença errônea de que isso força menos o carro.

Por que deve ser evitado: porque, que ironia, o que realmente força a carroceria e a suspensão é o movimento de torção em que se incorre ao pegar a lombada de lado. Embora os veículos novos apresentem maior rigidez estrutural, o hábito pode ser responsável por rangidos e quebras em pontos de solda na carroceria. Dependendo da velocidade, o impacto em apenas uma das rodas danifica a suspensão do veículo.

Para não errar: reduza a velocidade e passe sobre as lombadas de frente.

DISPENSAR OS FREIOS NA SUBIDA

Equívoco: manter o carro parado na ladeira sem usar o freio de mão, ou pior, evitar que o carro ande para trás controlando-o no jogo com os pedais da embreagem e do acelerador.

O que deve ser evitado: embora o motorista brasileiro considere vergonhoso recorrer a ele, o freio de mão é aliado em diversas situações. Em vias em aclive, arrancar com o carro sem a ajuda do freio de mão exige esforço redobrado da embreagem. Pior ainda é “segurar” o veículo pisando na embreagem e no acelerador. Esse esforço extra pode reduzir em até 50% a vida útil do conjunto ou queimar o disco da embreagem. E ainda entra em conta o consumo desnecessário de combustível para evitar que toda aquela tonelada de carro se renda à força da gravidade.

Para não errar: além de poupar a embreagem, acionar o freio de mão ao parar na subida ajuda o motorista a controlar a saída do carro e, portanto, evita acidentes.

ESNOBAR O FREIO DE MÃO

O equívoco: quem dirige um carro automático pode cair na armadilha de não acionar o freio de mão quando estaciona, uma vez que o câmbio no modo parking (posição P) mantém o veículo parado.

Por que deve ser evitado: “O câmbio no modo parking ajuda imobilizar o veículo, mas não é sua função substituir o freio de estacionamento. Essa atitude pode comprometer o conjunto de transmissão, como engrenagens e semieixos”, diz Ricardo Dilser, assessor técnico da Fiat.

Para não errar: em ladeiras, o correto é parar o carro na posição N (neutro), puxar o freio de mão e tirar o pé do pedal do freio, para certificar-se que o carro não se move – e só então levar a alavanca do câmbio para a posição P.

TRANSFORMAR PEÇAS EM APOIO DE PÉ E MÃO

O equívoco: apoiar o pé esquerdo na embreagem ou descansar a mão direita sobre o câmbio.

Por que deve ser evitado: com o tempo, o peso da mão acaba danificando o trambulador, sistema composto de molas e buchas que liga a alavanca à caixa de câmbio. O pé apoiado no pedal da embreagem, por sua vez, mantém o sistema pré-acionado e gera atrito nos componentes do conjunto, sobrecarregando peças como o disco e o platô. Desenvolvido para rodar 100.000 quilômetros, o sistema pode acabar necessitando de troca aos 10.000 quilômetros.

Para não errar: mais simples, impossível: acione os pedais e a alavanca do câmbio apenas quando necessário.

DEIXAR O TANQUE NA RESERVA

O equívoco: percorrer vários quilômetros com o tanque de combustível na reserva.

Por que deve ser evitado: a bomba que suga gasolina, etanol ou diesel do tanque para o motor fica submersa no combustível, o que mantém a peça resfriada. Quando o tanque está quase vazio, corre-se o risco de ela superaquecer, o que reduz sua vida útil e pode até queimá-la.

“Em curvas ou ladeiras, o movimento do combustível no tanque pode ocasionar uma pane seca. Ou seja, a bomba perde o contato com combustível e suga ar para o motor, o que impede o veículo de acelerar ou pode desligá-lo completamente”, diz o engenheiro Alfredo Neves, supervisor de relacionamento com o cliente da Honda.

Por fim, com pouco combustível no tanque aumenta a probabilidade de que entre sujeira na bomba, o que danifica o filtro do combustível.

Para não errar: o ideal é manter o tanque com pelo menos metade de sua capacidade.

Fonte: Revista VEJA de 02 OUT 2013

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