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É assim que te quero, amor.
Assim, amor, é que eu gosto de ti.
Assim, amor, é que eu gosto de ti.
Tal como te vestes
e como arranjas os cabelos.
E como a tua boca sorri,
ágil como a água da fonte
ágil como a água da fonte
sobre as pedras puras.
É assim que te quero, amada.
Ao pão não peço que me ensine,
mas antes que não me falte
em cada dia que passa.
Da luz nada sei, nem donde
vem nem para onde vai,
apenas quero que a luz alumie.
E também não peço à noite explicações,
espero-a e envolve-me,
e assim tu pão e luz
e sombra és.
Chegastes à minha vida
com o que trazias,
feita de luz e pão e sombra,
eu te esperava,
e é assim que preciso de ti,
assim que te amo.
e é assim que preciso de ti,
assim que te amo.
E os que amanhã quiserem ouvir
o que não lhes direi,
que o leiam aqui
e retrocedam hoje porque é cedo
para tais argumentos.
e retrocedam hoje porque é cedo
para tais argumentos.
Amanhã dar-lhes-emos apenas
uma folha da árvore do nosso amor, uma folha
que há de cair sobre a terra
como se a tivessem produzido os nosso lábios.
Como um beijo caído
das nossas alturas invencíveis
para mostrar o fogo e a ternura
de um amor verdadeiro.
Pablo Neruda
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2 comentários:
Consoante a inteligência do Blog Caffezal, faz-se mister enaltecer as autoras Cristinae Gracia Caffe pelo brilhantismo. No caso em tela, há que se destacar a homenagem prestada pelo dia do meu niver. Merece meus sinceros agradecimentos.
Obrigada pelo amável comentário Gildásio e parabéns pelo seu aniversário.
Postei um comentário na tela onde está a homenagem pelo seu niver. Você merece tudo de bom!!!
Um abraço.
Grácia
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