Esse blog destina-se ao registro de acontecimentos da família Caffé além de coisas do cotidiano, diversão, arte, reflexão, passeios, música e tudo que chamar a nossa atenção.



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domingo, 25 de julho de 2010

Lembranças - Por Iram


André do Cavaquinho

Quem viveu em Petrolina nos anos 60 deve se lembrar, com certeza, de André do Cavaquinho.
Era considerado um “doido” não muito ofensivo mas que metia medo, principalmente nas estudantes do Maria Auxiliadora (um dos seus locais preferidos, alem da Catedral e do Palácio Episcopal).
Homem alto e de pernas compridas, quando estava “apertado” na sua “loucura” suas passadas eram bem largas!  
Usava roupas comuns, só que a sua lapela era adornada com vários crucifixos e medalhas de santos, que tilintavam pelas ruas durante as suas andanças.
Geralmente tocava seu cavaquinho pelas manhãs, com belos solos de musicas católicas, além de outras que não me recordo mais. No entanto, nos dias que estava “arretado”, principalmente quando alguém havia chamado a palavra mágica que o enfurecia - “CASCA DURA “- passava como uma bala em seus grandes passos, tocando geralmente uma música que dizia: “não há despertador que me faça acordar” e tome taram, taram , tam ,tam.......e ia atirando paralelepípedos no chão já que, acredito, não tinha coragem de atirar nas pessoas. (será?)
Falavam que os bolsos de suas calças não tinham forros ou eram furados e ele, quando estava parado, ficava com as mãos enfiadas fazendo o que se pode imaginar.
Era uma figura temida e querida, que desapareceu sem que se saiba o seu paradeiro.
Alguém sabe o que foi feito dele? 

4 comentários:

Grácia disse...

Que lembrança Iram. André era temido mas também muito querido, como você diz.
Na época do novenário de N.S. Auxiliadora, no mes de maio, a cidade era despertada pela magia das suas músicas religiosas tocadas no seu cavaquinho.
Sempre estava nas missas da Catedral e era apaixonado pelas alunas do Auxiliadora.
Tinha me esquecido das medalhas e crucifixos que ele usava no peito.

Adorei lembrar!!!!

Cristina disse...

Quem morava naquela região, principalmente, deve lembrar bem de André e do seu cavaquinho. Não recordo de muitos detalhes (ele andava muito pela casa de D. Osa?)mas do medo que a gente tinha dele, não dá pra esquecer... kkk
Uma figura que fez parte da história da cidade e, portanto, não deve ser esquecida.
E fica a pergunta: será que alguem sabe algo mais sobre ele?
Beijos

Grácia disse...

No livro Petrolina "A terra dos impossíveis",de Marta Luz, diz que ele era natural de Santa Maria da Boa Vista,portaqdor de esquizofrenia, tinha um incondicional respeito às irmãs Salesianas e ao Bispo D. Avelar. Fazia as refeições no Colégio Maria Auxiliadora ou no Palácio Episcopal. Marta diz que ele se dizia perdidamente apaixonado por quase todas as alunas de 11/12/13 e 14 anos, do colégio Auxiliadora.

Regina disse...

Eu também lembro pouco de André do cavaquinho, mas lembro muito bem do medo que sentia dele! kkk
Boa lembrança!