Esse blog destina-se ao registro de acontecimentos da família Caffé além de coisas do cotidiano, diversão, arte, reflexão, passeios, música e tudo que chamar a nossa atenção.



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quinta-feira, 27 de janeiro de 2011






Hoje está fazendo 29 anos que a nossa querida mãe "se foi". 
Deixamos aqui uma pequena homenagem a essa pessoa hiper especial em nossa vida, como forma de demonstrar o nosso imenso amor e eterna saudade...  




Mães morrem quando querem...
Alexandre Pelegi

Eu tinha 7 anos quando matei minha mãe pela primeira vez. Eu não a queria junto a mim quando chegasse à escola em meu 1º dia de aula. Eu me achava forte o suficiente para enfrentar os desafios que a nova vida iria me trazer. Poucas semanas depois descobri aliviado que ela ainda estava lá, pronta para me defender não somente daqueles garotos brutamontes que me ameaçavam, como das dificuldades intransponíveis da tabuada.

Quando fiz 14 anos eu a matei novamente. Não a queria me impondo regras ou limites, nem que me impedisse de viver a plenitude dos vôos juvenis. Mas logo no primeiro porre eu felizmente a descobri rediviva – foi quando ela não só me curou da ressaca, como impediu que eu levasse uma vergonhosa surra de meu pai.

Aos 18 anos achei que mataria minha mãe definitivamente, sem chances para ressurreição. Entrara na faculdade, iria morar em república, faria política estudantil, atividades em que a presença materna não cabia em nenhuma hipótese. Ledo engano: quando me descobri confuso sobre qual rumo seguir voltei à casa materna, único espaço possível de guarida e compreensão.

Aos 23 anos me dei conta de que a morte materna era possível, apenas requeria lentidão… Foi quando me casei, finquei bandeira de independência e segui viagem. Mas bastou nascer a primeira filha para descobrir que o bicho “mãe” se transformara num espécime ainda mais vigoroso chamado “avó”. Para quem ainda não viveu a experiência, avó é mãe em dose dupla…

Apesar de tudo continuei acreditando na tese da morte lenta e demorada, e aos poucos fui me sentindo mais distante e autônomo, mesmo que a intervalos regulares ela reaparecesse em minha vida desempenhando papéis importantes e únicos, papéis que somente ela poderia protagonizar… 

Mas o final dessa história, ao contrário do que eu sempre imaginei, foi ela quem definiu: quando menos esperava, ela decidiu morrer. Assim, sem mais, nem menos, sem pedir licença ou permissão, sem data marcada ou ocasião para despedida.

Ela simplesmente se foi, deixando a lição que mães são para sempre. Ao contrário do que sempre imaginei, são elas que decidem o quanto esta eternidade pode durar em vida, e o quanto fica relegado para o etéreo terreno da saudade…

Fonte: http://www.vidanet.org.b

6 comentários:

Grácia disse...

As mães são para sempre.....Mães não deviam partir.
Saudades mainha........

Regina disse...

Quando a gente perde a nossa mãe ficamos sem identidade...Sem referência...
Sinto muita falta da minha querida mãe!

Cristina disse...

A saudade ainda é grande, assim como a falta que ela faz.
Nunca deixamos de ser filhos, de necessitar do carinho especial que somente as mães, que amam incondicionalmente, sabem nos dar.
Sua presença é tão forte e seu legado é tão rico, que ela "vive" para sempre em nossos corações.
Privilégio enorme ter feito parte da sua vida mainha.

Yolande Caffé disse...

Não digo nada, apenas deixo que as lágrimas falem por mim.
Saudades!!!!!!!!!!!!!

Iram disse...

Somente SAUDADE!!!!!!!!!!!!!!

Ivone Caffé disse...

Embora esteja postando um comentário já com um pouco de atraso, não consegui deixar de colocar o que sinto ao ler esse texto tão lindo e verdadeiro! Mães não deviam morrer nunca!Como você faz falta minha mãe tão querida! Nunca vou esquecer de sua meiga , marcante e maravilhosa passagem entre nós! Te amarei prá sempre mainha! Saudades! Saudades! Sempre!