Esse blog destina-se ao registro de acontecimentos da família Caffé além de coisas do cotidiano, diversão, arte, reflexão, passeios, música e tudo que chamar a nossa atenção.



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sexta-feira, 20 de maio de 2011



Hoje vou postar um texto que gosto muito...
Não conheço a autoria pois ele foi retirado de uma agenda que tenho desde a adolescência, onde anotava pensamentos, poesias, textos, frases de livros, etc... e que às vezes esquecia (ou não tinha) de colocar quem escreveu.
Ali registrava tudo que achava bonito, romântico, que combinava com o que estava vivendo, que me tocava a alma, que recebia de alguém, enfim ... pedacinhos da minha história.
Sei que outras pessoas da nossa familia conhecem esse texto. Ao ler, com certeza, irão lembrar.
Espero que gostem.
Com carinho
Cris/Tina



"Não sei porque eu sinto você tão distante, tão longe; me sinto tão só, só como antes.
Copos, garrafas, todas vazias e eu cheio de saudade.
Mas só faz um minuto e penso o que você estará pensando. Sei que você está pensando, pelo menos sonhando com algo.
Na volta só havia pedras e em cada pedra eu procurava você; não como pedra e sim como algo que me fazia sofrer; eu nunca lhe disse, mas você me faz morrer cada dia o que eu queria morrer em um ano.
Você disse que me compreendia mas você... sei lá... 
Eu sei que você manja que todo nosso papo cai na vontade de dizer o que se sente um pelo outro, mas da vontade nunca passamos; essa barreira me dá medo; verdade! não é uma cantada!
Ontem sonhei com você; com suas mãos que entre as minhas, diziam muita coisa que você nunca falou, só porque tinha as mãos pra falar.
Você diz com os olhos o que fala com as mãos; não é que eu seja burro mas necessito que você explique com a voz, com poucas palavras.
Cada vez me perco mais na dor, em você, noite de pensamentos, mil planos que não realizo, só por causa de você.
Tá, vou te dizer a verdade; eu tenho muito medo e quando há medo a gente foge e eu estou fugindo de mim prá não te encontrar. 
Os momentos maus são momentos; a primeira vez, o primeiro olhar, o seu olhar no qual eu queria sentir-me, a primeira música (nossa música e o medo de ser a última), o primeiro beijo no teu rosto furtado como de criança, e eu me senti criança; e ser criança com você é ser pleno. A primeira despedida e a fossa: que vergonha!
Mas sempre há um momento na vida em que o sonho necessita acordar e eu acordei escuro e sem sol, morto de amor; eu sempre estive morto e quando pensei que ia ressuscitar, cantavam um espiritual tão negro quanto a indecisão minha, só minha.
As pedras me ajudarão a chegar, levarão os meus pés até o encontro, até o sonho de ver você bem junto de mim, de ver que você tinha ficado e que já era noite, de ver sua mão na minha mão e meus dedos a passar entre teus cabelos e no meu peito a vontade de gritar e os meus olhos a pedir, feche os seus olhos devagar, vem e chora comigo; o tempo, a infinita espera, o que não foi só teu e meu e que não será a derradeira espera.
Há muito que esperar, e esperando eu vou morrendo como o sol. É eu sou como o sol que depois de ficar olhando o dia todo para a terra, morre sem nada dizer...
Mas você tem que me ajudar a dizer, a falar, pois só por você é que eu estou infinito de amor; olhe prá mim sempre ... por favor...".  
 
(Desconheço a autoria)
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4 comentários:

Regina disse...

Esse texto eu conheço. Mas não sei de quem é. Muito bonito e cheio de amor.
Bjs

Grácia disse...

Este texto eu também conheço.
Como chegou na sua mão eu sei mas não tenho a certeza se quem mandou é o autor ou copiou de alguém.

Cristina disse...

Pois é Gracia..

Na dúvida, melhor deixar sem autor mesmo né? Quem sabe aparece por aqui.
Bjos

Grácia disse...

É verdade.
De qualquer forma é um lindo texto.
Bjos