Esse blog destina-se ao registro de acontecimentos da família Caffé além de coisas do cotidiano, diversão, arte, reflexão, passeios, música e tudo que chamar a nossa atenção.



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terça-feira, 17 de agosto de 2010


Dia de Nossa Senhora Rainha dos Anjos

No domingo, 15 de Agosto, foi o dia da padroeira de Petrolina, Nossa Senhora Rainha dos Anjos.

Essa data sempre foi (e ainda é) muito importante para os moradores da cidade, especialmente para os católicos que até hoje participam ativamente da novena, procissão e demais festejos a ela dedicados.

Como não moro mais na cidade, nunca mais tive o prazer de ir participar dessa festa, mas essa data nunca será esquecida por mim e nem, acredito, por todos que viveram em Petrolina e ainda a carregam em seu coração.

Na nossa infância, um dos maiores desejos era ir para a procissão vestida de anjinho, com aquelas roupas compridas, arranjo nos cabelos e lindas asinhas nas costas, toda enfeitada de plumas e/ou algodão. E o que era mais importante, iria bem pertinho de Nossa Senhora.

Na primeira comunhão, mesmo sendo a missa pela manhã, no final da tarde a gente vestia novamente aquela roupa que parecia uma freirinha, pra também participar da procissão e ali, todas as pessoas iam ver que a gente já podia receber a comunhão como os adultos. Era um momento ”ímpar” da nossa vida!

Aqui abro um parêntese para lembrar o fato de, durante as aulas de catequese, achar o máximo ficar perto de Toinha (que era nossa professora juntamente com Neneca), só pra ver se já estava do tamanho ou maior do que ela (risos).
 
O tradicional mesmo para o Dia da Padroeira era usar sapato e roupa novos. Lembro que a gente saía com mainha pra comprar sapatos, pois tinha que provar pra ver qual ficava bom no pé, e o comércio era cheio de pais com as crianças. Afinal, todos queriam ficar bonitos para acompanhar Nossa Senhora. Ela (mainha) também comprava vários tecidos e costurava os nossos vestidos, cada um mais caprichado do que outro, sendo que alguns até recebiam bordados feitos por vovó Mariquinhas. Quanta felicidade a gente sentia!

Algumas vezes, ao retornar da procissão havia bolhas nos nossos pés porque, seguir todo percurso usando o sapato pela primeira vez, tinha uma grande probabilidade de isso acontecer né? Mas quem pensava nisso? E quem disse que esse fato diminuía a nossa alegria em participar dessa grandiosa festa?  Todas voltavam cansadas, porem realizadas.

Ao crescer mais um pouco, na fase de jovens/adolescentes, a satisfação era preparar a farda (uniforme) com todo cuidado, muito limpa e bem passada/engomada, e no final da tarde ir se juntar aos diversos colegas e amigos dos diferentes Colégios para depois, em fila, seguir o cortejo pela cidade, cantando músicas religiosas, rezando, ouvindo a Filarmônica 21 de Setembro, os fogos, os aplausos à N. Senhora, enfim...

Essa festa fez parte da nossa vida durante tantos anos que é impossível esquecê-la! Por esse motivo, precisava ser registrada por aqui.

Que Nossa Senhora Rainha dos Anjos continue abençoando e protegendo a todos nós.
 
Com carinho.
Cris / Tina

3 comentários:

Grácia disse...

Maravilhosa lembrança Tina.
A festa da padroeira era realmente esperada por todos nós, não perdiamos nada.
Lá em casa tínhamos uma veste de anjo vermelho, que nos diferenciava de todos os outros, que normalmente eram branco, azul e rosa, e íamos sempre em destaque.
Adorava ir para o novenário; o capricho dos noiteiros, a alegria na praça do centenário, e o dia da procissão, nem se fala.
Adorava o processo da escolha dos tecidos e dos modelos das roupas novas, para o dia da festa.
Que saudade.

Cristina disse...

Era bom demais!
Como eram poucos os acontecimentos na cidade, estes movimentos faziam com que todos participassem.
Realmente, esqueci de falar na praça do Centenário que era um local de encontros, paqueras e, com certeza, muita alegria.
Dá saudade mesmo.
Bjos

Regina disse...

Realmente é uma lembrança maravilhosa!! Tenho muita saudade daquele tempo!
Bj