Caffezal e Tal

Recordando Ponta de Pedras

Veranear em Ponta de Pedras, na casa de Iram e Ici, fez parte da nossa vida durante muitos anos, especialmente quando os nossos filhos ainda eram crianças e aceitavam ir para o destino que a gente escolhia (depois que crescem tomam outros rumos, pois mudam os interesses – rsrs).

Em razão da quantidade de vezes que estivemos por lá, vai ser difícil lembrar de todos os acontecimentos, assim como o ano que aconteceram. No entanto, como o importante é recordar/reviver, vamos a eles sem obedecer qualquer ordem de data ou grau de importância.

Ponta de Pedras é pra nós o retrato da alegria, de casa cheia, de comidas maravilhosas comandadas pelas habilidades culinárias de Ici, de muito barulho das crianças, de jogos, brincadeiras, fotos, risos, troca de receitas, artesanatos e, claro, de muita praia e sol.

Nossos encontros eram sempre de muita festa, apesar da trabalheira que dava administrar a grande quantidade de pessoas para comer, dormir, tomar banho, lavar roupas, passeios nas praias e parques de diversões, assim como manter a criançada ocupada e tantas coisas mais.

Se perguntarmos a cada um os fatos mais marcantes em Ponta de Pedras, certamente todos terão muita coisa pra contar, mas vou citar apenas alguns deles e vocês complementam nos comentários pra que a gente possa resgatar o máximo desses momentos vividos por lá.
 

Quem não se lembra das festas dos finais de semana que faziam em uma arena que mais parecia um circo, montado perto da casa, e que não deixavam dormir os que assim desejavam? O jeito era ficar tomando uma cervejinha e dançando no meio da rua em frente ao portão, como a gente fez uma certa vez, ou colocar algodão no ouvido, como Hircinho fazia, e se trancar em um quarto para tentar tirar um cochilo.

Durante a semana era tranqüilo ir à praia pela manhã e no final da tarde, mas à noite era preciso muita criatividade para manter tanta gente ocupada, especialmente a criançada. E eram nesses momentos que apareciam muitas brincadeiras engraçadas como as imitações feitas por Renato; as "macacadas" de Thiago e Bruno; as danças, cantorias e apresentações teatrais de todos; os sustos que Hircinho preparava (ele adorava!), muitas vezes usando máscaras, e que conseguia tirar gritos das crianças; as nossas conversas intermináveis; os "assaltos" à despensa, dificultados porque Yara escondia a chave, etc ...

Iram ficava “retado” com o barulho quando ia tirar o seu cochilo depois do almoço. Mas isso acontecia antes de Ingrid porque depois... acabou o descanso.(risos)

Como fazia sempre em nossa casa, por lá também painho tocava parabéns na sua gaita, para os que faziam aniversário (lembro de uma comemoração pra Gabriela e Glaucia que fazem aniversário em Janeiro). 

 
Agora me veio à lembrança um certo dia em que Hircinho chegou de viagem e veio com o braço todo enrolado com papel higiênico, fingindo ter sofrido um acidente. Yara quando viu ficou louca, super preocupada (assim como todos os demais que não sabiam da brincadeira), mas depois, quando a verdade foi descoberta... ai, ai, .... Foi uma danação e ele tentando convencer a todos, principalmente a ela, da sua inocente brincadeira. Passado o susto, rimos muito!!

Em uma dessas férias, quando Leo e Beto estavam por lá, Gil e eu saíamos com eles à noite para uns barzinhos que ficavam na praia. A gente tomava umas cervejinhas e eles aproveitavam para paquerar as muitas garotas que por lá circulavam. Quando as meninas que olhavam pra eles eram consideradas feias, diziam; "joga a jaula!" Era muito engraçado! Quando eram consideradas bonitas, Leo ficava apontando com uma luz vermelha (daquelas canetinhas a laser usada por palestrantes/professores), tomando o cuidado pra elas não perceberem de onde vinha. Apesar de todas essas brincadeiras, teve uma "cinderela" (ela só aparecia depois da meia noite) que ficou sendo o centro das atenções de Leo por algum tempo. Acho que ficou somente na paquera mesmo (não lembro se rolou algo mais).

Enquanto as mulheres e crianças iam tomar sol e banho de mar, os homens preferiam ficam tomando "umas" na varanda de casa ou em Catuama (onde ficavam até tarde, quando a gente não decidia ir averiguar o que estava acontecendo de tão interessante por lá – risos).

Nos carnavais (embora nunca tenha ido) muitos se reuniam para “descansar”, fugir um pouco da folia e aproveitar para fazer uma festa bem particular. Vi alguns registros (fotos) dos desavisados que, depois de tomar todas, caiam na besteira de dormir pela sala ou tirar um breve cochilo em uma rede ou cadeira de balanço. Aí o resto da turma não perdoava. Eram adereços, fantasias, pinturas e qualquer outra coisa que fosse um motivo pra rir na hora e depois também, é claro. Afinal... era carnaval!

Como disse no inicio, foram muitos acontecimentos e, portanto, muito difícil de lembrar de todos. Mas já dei o ponta-pé inicial. Agora é com vocês.

Beijos
Cris/Tina

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