A Coluna

Na última semana de JAN/10, quando ainda estava em Recife, a minha coluna (lombar) resolveu mandar um recado do que ela pode fazer quando eu me exceder nas andanças com salto alto.

- Será que ela (a coluna) queria que eu ficasse sem “bater perna” com as minhas irmãs, que é uma das maiores diversões quando estou na capital pernambucana? Ou era pra sair, todo dia, deselegante e baixinha com uma sandália rasteira? Ah! Isso não!

Sim, mas voltando ao caso. Ela (a coluna) “travou” e não teve remédio pra acabar com a dor. Tive um alívio, graças a Deus, mas mandar a dor embora que é bom, nada! E assim fui levando.

Ao chegar a Salvador, decidi parar com esses “exageros” e voltei a fazer RPG, Pilates, acumputura, etc., buscando me redimir e ficar de bem com a danada. Mexe daqui, alonga dali, espeta agulhas acolá e ela foi melhorando, sem deixar, no entanto, que eu esquecesse que ainda não é hora de “brincar” com ela novamente.

Na consulta com o ortopedista, alem de passar novos remédios, ele me pediu pra fazer uma ressonância magnética pra verificar se houve alguma alteração do ano passado pra cá e em que proporções.

Para não ficar nessa monotonia, apenas com essa “dorzinha” chata que permanece ativa há mais ou menos 20 dias, depois do carnaval tive a sorte de pegar essa tal de gripe “pós carnaval”, que veio pra ninguém botar defeito. Firme e forte (a gripe) e eu ... ainda me recuperando.

Voltando à coluna, ontem fui fazer a ressonância magnética e estava preocupada se iria conseguir ficar imóvel, ou melhor, sem tossir, durante a realização do exame (eu já havia adiado por causa da tal gripe). E parece que aí, quando não pode, é que dá vontade de tossir mesmo né? E o cof, cof, cof me pegou algumas vezes enquanto esperava. Até parece de propósito!!!

Decidi me desligar desse assunto e comecei a prestar atenção nas pessoas que estavam na sala de espera, que entravam e saíam e, olhando seus semblantes comecei a imaginar o que cada uma delas estava fazendo ali, quais suas dores e dissabores. Não era um ambiente de festas e risos. Alguns pareciam tristes, outros nem tanto, mas com rostos sem muita expressão. Assistiam TV, folheavam revistas, conversavam de vez em quando com seu vizinho de cadeira, ficavam pensativos.

Quantas coisas passavam pelas suas cabeças, pensava eu.
É a vida é assim mesmo. Cada um com seu destino a seguir. São tantas histórias de vidas; tantos acontecimentos, alegrias, sofrimentos, que a gente não tem nem idéia.

Ops! De repente caí na real. Estão chamando o meu nome! Levanto e lá vou eu pensando... será que vou tossir?

Cris Caffé
Salvador, 25/02/2010